Bancos de areia surgem no leito do Rio Paraguai em Porto Murtinho. (Foto: Toninho Ruiz)

IMAGEM: TONINHO RUIZ

 

Com o rio Paraguai em níveis críticos de navegabilidade, o Governo de MS pretende fechar o tráfego de barcaças no Rio Paraguai neste mês. A região vem sofrendo com faltas de chuvas intensas nos últimos três anos, o que fez o nível do rio cair bruscamente, sem perspectiva de recuperação a curto prazo.

Como as embarcações são muito pesadas e o rio está muito baixo isso pode acabar causando assoreamento, o que agrava ainda mais o cenário. A informação foi repassada pelo secretáiro de Meio Ambiente Jaime Verruck, que destacou a necessidade da medida neste momento.

Ele enfatizou ainda  a questão do agravamento do assoreamento da hidrovia. Segundo ele, as queimadas e a falta de preservação de matas ciliares, principalmente em nascentes desses biomas, acabam agravando ainda mais o nível de profundidade dos rios. No Mato Grosso do Sul não é diferente e as chatas agravam ainda mais esse problema.  O secretário infomou ainda que está em conversas com o governo federal, por meio do Ministério de Infraestrutura, para que ele autorize o governo estadual a fazer a dragagem (um procedimento de escavação que ajuda a retirar os sedimentos, como: terra, areia, rochas, lixo, do fundo dos rios) para aliviar o problema em alguns ponto mais críticos.

O transporte por rios é destinado principalmente a cargas com grande volume, como grãos ou minério. Segundo a CNT (Confederação Nacional dos Transportes), um comboio com quatro barcaças consegue levar o equivalente a 172 carretas ou 86 vagões de trem. Com isso, o frete fica mais barato: o custo do transporte por rios é 60% menor do que por rodovias, e 30% inferior do que o feito por ferrovia.

 

FONTE: RCN 67