A carteira de encomendas de novos navios face à frota operacional está no nível mais baixo desde 1989 e poderá descer ainda mais, nota a Clarkson.

A relação entre a tonelagem encomendada (medida em TDW) e a tonelagem em operação situa-se actualmente em 7,4%, considerando todos os tipos de navios.

Na verdade, se nos navios de transporte de GNL o rácio de encomendas atinge os 22%, nos outros tipos de embarcações – porta-contentores, graneleiros, navios-tanque – a relação está em mínimos de décadas.

No ano corrente, as encomendas de novos navios somam apenas 23 milhões DWT, o que leva a Clarkson Research Services a estimar que o resultado anual deverá ficar cerca dos 30 milhões DWT registados em 2016 (depois de, em 2013, terem atingido os 180 milhões DWT).

A capacidade global dos estaleiros de construção naval situa-se hoje cerca de 40% abaixo do máximo de 2010-2011.

No que toca às estregas de novos navios, para este ano projecta-se a entrada no mercado de 84 milhões DWT. Muito abaixo da média anual de 116 milhões DWT verificada em 2010 e 2019, mas ainda assim muito acima do volume das novas encomendas.

E com isso, sublinha a Clarksons, a carteira de encomendas já caiu 20% entre Janeiro e Setembro e deverá continuar a cair, pelo menos no curto prazo.

FONTE: TRANSPORTES&NAVIOS