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No Pará, embarcação que transportava passageiros sofre ataque de criminosos em ação similar à pirataria
Criminosos invadiram uma balsa que fazia o trajeto Macapá-Gurupá – municípios dos estados do Amapá e do Pará, respectivamente – na noite de sábado (11). De acordo relatos enviados à representação sindical marítima, os bandidos fizeram disparos de arma de fogo durante a ação, deixando feridos na embarcação e os passageiros aterrorizados.
Os assaltantes teriam se infiltrado como passageiros, anunciando o assalto no decorrer da viagem. Segundo informações publicadas em jornais locais, uma lancha teria dado suporte aos bandidos.
A Conttmaf, a Femapa e os sindicatos de aquaviários da região têm cobrado providências das autoridades para garantir a segurança dos trabalhadores aquaviários, dos passageiros e da navegação como um todo.
Em setembro de 2024, a Conttmaf, em parceria com a FNTTAA, a Femapa e a Federação Internacional de Trabalhadores em Transportes (ITF), realizou o workshop “Fortalecimento dos Sindicatos Amazônicos e Proteção dos Aquaviários Contra a Violência” em Manaus (AM).
Dois meses depois, a Confederação coordenou uma reunião para dar continuidade aos debates sobre o tema na cidade de Belém (PA).
Participaram dessas discussões 26 sindicatos e quatro federações representantes de trabalhadores que atuam nos setores da navegação interior, marítimo, portuário, pesca e aeroviário.
As entidades elaboraram, então, um documento com propostas, que foi encaminhado ao Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e à Marinha do Brasil.
Como as ações criminosas ocorrem entre diferentes estados, a Conttmaf entende que é essencial haver uma coordenação nacional mais efetiva para garantir a segurança pública no setor aquaviário no Norte do País.
A representação sindical marítima avalia que os grupos criminosos que costumam invadir as embarcações para saquear mercadorias e cometer assaltos trazem prejuízos para toda a sociedade e estabelecem um sentimento de insegurança para trabalhadores e passageiros nos rios da Amazônia.