A primeira leva de vacinas Covax deve ser enviada entre o final de fevereiro e o final de junho de 2021.

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Por meio de uma carta conjunta, mais de 60 ex-chefes de Estado e mais de 100 vencedores do Prêmio Nobel pediram que o presidente dos EUA, Joe Biden, apoie a quebra de patentes para as vacinas contra Covid-19

Reuters – Mais de 60 ex-chefes de Estado, incluindo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e mais de 100 vencedores do Prêmio Nobel pediram ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que apoie a quebra de patentes para as vacinas contra Covid-19.

Uma renúncia de propriedade intelectual impulsionaria a fabricação de vacinas e aceleraria a resposta à pandemia nos países mais pobres, que terão que esperar anos se isso não ocorrer, disseram eles em uma carta conjunta a Biden enviada a veículos de comunicação nesta quarta-feira.

“O presidente Biden disse que ninguém está seguro até que todos estejam seguros, e agora, com a reunião do G7, há uma oportunidade incomparável de assegurar a liderança que apenas os EUA podem oferecer”, afirmou o ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown, referindo-se a um futuro encontro dos países mais ricos do mundo.

A carta pede a Biden que apoie uma proposta da África do Sul e da Índia na Organização Mundial do Comércio (OMC) de quebra de patentes relacionadas às vacinas e tratamentos contra Covid-19. Afirma que, com base no ritmo atual de produção de vacinas, a maioria das nações pobres terá que esperar até pelo menos 2024 para obter a imunização em massa contra a Covid.

“Novas mutações do vírus continuarão a tirar vidas e derrubar nossa economia global interconectada até que todos, em todos os lugares, tenham acesso a uma vacina segura e eficaz”, disse Joseph Stiglitz, ganhador do Prêmio Nobel de Economia.

Entre outros signatários do documento estão François Hollande, Mary Robinson, Juan Manuel Santos e Ellen Johnson Sirleaf — ex-presidentes de França, Irlanda, Colômbia e Libéria.

A carta foi coordenada pela People’s Vaccine Alliance, uma coalizão de mais de 50 organizações de desenvolvimento.

FONTE: REUTERS