IMAGEM/ILUSTRAÇÃO: Alex Castro / The Verge

 

Ex-funcionárias acusam empresa de oferecer salários e cargos menores para mulheres apesar de apresentarem experiências e qualificações equivalentes aos homens

O Google aceitou pagar US$ 118 milhões para encerrar uma ação coletiva que acusa a empresa de discriminar mulheres por meio do salário e de seus cargos na Califórnia, Estados Unidos. O acordo envolve quase 15.500 mulheres que trabalharam na companhia desde setembro de 2013, conforme comunicado publicado pelos escritórios de advocacia Lieff Cabraser Heimann & Bernstein e Altshuler Berzon. A empresa também concordou que uma terceira parte analise suas práticas de contratação e remuneração.

Em um comunicado, a empresa afirmou que "embora acreditemos de maneira firme na equidade de nossas políticas e práticas, após quase cinco anos de litígio, as partes concordaram que a resolução do caso, sem qualquer admissão (de responsabilidade) ou conclusão, era do melhor interesse para todos. E estamos muito satisfeitos por alcançar este acordo". A proposta ainda precisa ser aprovada por um juiz.

O processo começou em 2017, quando várias ex-funcionárias processaram a empresa em um tribunal de San Francisco. Elas acusaram o grupo de pagar menos às mulheres do que aos homens com cargos equivalentes, além de designar as mulheres para cargos inferiores, apesar das experiências e qualificações equivalentes aos homens, sob o pretexto de que antes recebiam salários menores.

De acordo com uma cópia do acordo divulgada pelos escritórios de advocacia, "o Google nega todas as alegações no processo e afirma que cumpriu integralmente todas as leis, normas e regulamentos aplicáveis em todos os momentos".

Em 2021, o Google também concordou em fechar um acordo de US$ 3,8 milhões ao Departamento do Trabalho dos Estados Unidos após acusações de discriminação contra mulheres e funcionários de origem asiática.

FONTE: AFP