Plataforma semi-submersível P-20,petróleo do Brasil, petrobras

FOTO: GERALDO FALCÃO/AGÊNCIA PETROBRAS

 

Os casos de contaminação pela Covid-19 aumentaram, nas últimas semanas, entre os trabalhadores que embarcam em plataformas e outras unidades marítimas de apoio à produção de petróleo no Brasil, apesar dos rígidos protocolos de segurança adotados pelas petroleiras.

De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), no último dia 25, foram registrados 2.047 casos confirmados de trabalhadores que trabalham nas unidades marítimas com o coroavírus. No dia 18 deste mês, o número era de 1.961. Ou seja, houve um aumento da ordem de 4,38%.

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Já o número total de casos confirmados, incluindo trabalhadores em terra, foi de 2.827 no último dia 25, contra 2.689 registrados uma semana antes. A notícia positiva é que 2.056 trabalhadores se recuperaram da Covid-19.

Até o momento, foram registrados três óbitos de trabalhadores que atuavam em instalações marítimas, ocorridas em abril, maio e agosto últimos.

O aumento de casos de Covid fez a Petrobras prorrogar o home office por mais três meses. A princípio, o trabalho remoto se encerraria no dia 31 de dezembro, mas a companhia manterá cerca de 20 mil funcionários do setor administrativo trabalhando em casa até 31 de março.

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A ANP explicou que vem recebendo os dados sobre os casos suspeitos e confirmados da doença das empresas que realizam atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil.

Todos os protocolos adotados pelas empresas têm a finalidade de garantir a segurança operacional nas instalações. Essas informações são também enviadas pelas empresas a outros órgãos, que atuam em atividades sanitária, de saúde, condições de trabalho, entre outros.

As empresas, de acordo com a ANP, vêm reduzindo ao mínimo possível o número de pessoas a bordo, para reduzir a exposição dos trabalhadores à Covid-19, além de estabelecer medidas de contingência para manutenção das operações "de forma segura e em conformidade com a regulação, o que vem sendo acompanhado diariamente pela ANP", afirma o órgão regulador.

Por outro lado, as medidas de quarentena pré-embarque, bem como as alterações na escala de revezamento de pessoal embarcado, estão sendo fiscalizadas pela Anvisa e pela Secretaria do Trabalho, com o acompanhamento do Ministério Público do Trabalho.

FONTE: O GLOBO