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Nações em desenvolvimento devem ficar para trás na corrida da recuperação econômica depois que Europa e EUA compraram maior parte das vacinas
O abismo econômico entre os países ficou ainda mais evidente diante da distribuição das vacinas contra a covid-19: enquanto Europa e EUA compraram boa parte dos estoques, nações em desenvolvimento (e lar de maior parte do planeta) devem ficar para trás na imunização de seus cidadãos.
Tudo indica que essa distribuição pode piorar aquilo que já existe: o avanço da desigualdade entre países. Os países mais pobres seguem contabilizando vítimas fatais, além de verem suas dívidas com credores nos Estados Unidos, Europa e China subindo ainda mais.
Diversas organizações de ajuda, países ricos e filantropos se uniram para tentar garantir tudo o que for necessário para os países pobres combaterem a pandemia, mas não conseguiram escorar suas garantias com recursos suficientes.
Além disso, o lobby de farmacêuticas (que exerce grande influência dentro dos países ricos) impediu a quebra de patentes de medicamentos, uma proposta apresentada por países em desenvolvimento capitaneada por África do Sul e Índia, que tinha por objetivo aumentar a quantidade de doses disponíveis por meio da fabricação própria, com o apoio das empresas farmacêuticas.
Enquanto isso, os países avançados estão por encerrar a concessão de auxílio à suas economias, e a suspensão das restrições pode afetar favoravelmente suas economias a partir de março ou abril de 2021 – contudo, não se sabe ao certo quando a rotina será normalizada, por conta da potência do vírus em países como França, Alemanha, Grã-Bretanha e Estados Unidos.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.