Imagem: Reprodução
Após 14 meses do seu naufrágio, nos arredores da ilha de Saint Simons, na costa da Geórgia (EUA), finalmente o cargueiro MV Golden Ray começou a ser fatiado - juntamente com a respectiva carga de 4,2 mil automóveis. O guindaste gigante encarregado de cortar a embarcação em oito pedaços começou o fatiamento ontem. A Guarda Costeira estima que os trabalhos vão levar aproximadamente uma semana, dependendo das condições climáticas.
Uma multidão de moradores locais e turistas acompanha o resgate, adiado sucessivas vezes por diversos fatores, como o contágio de integrantes da equipe por coronavírus e a temporada de furacões. De acordo com a emissora local "News4Jax", o corte do cargueiro, que tombou de lado, utiliza correntes e começou embaixo d'água.
Quando fatiamento alcançar a superfície, há a expectativa ocorrem faíscas, fogo e explosões, audíveis a quilômetros de distância - já que os carros no interior do navio ainda contêm materiais inflamáveis como gasolina, óleo lubrificante e baterias. Além disso, os veículos trazem fluido de arrefecimento. Para mitigar a eventuais danos ambientais, a área no entorno do navio foi isolada. Equipes estão de plantão para conter incêndios e recolher fragmentos do navio e dos automóveis - bem como produtos poluentes que inevitavelmente irão vazar durante o processo.
Tombado em 8 de setembro de 2019, o MV Golden Ray pertence à Hyundai Glovis. De acordo com investigações, com base em gravações e depoimentos da tripulação, o acidente aconteceu durante uma manobra brusca e teria sido causado por má distribuição da carga. Todos os 24 membros da tripulação foram resgatados com vida - algo considerado um "milagre" pela Guarda Costeira.
O prejuízo do naufrágio para a Hyundai Glovis passa dos US$ 80 milhões (R$ 447,5 milhões na cotação de hoje), embora o cargueiro e a respectiva carga estejam cobertos por seguro.
Quais veículos estão dentro do cargueiro
Quais são os modelos de automóveis que estão dentro do navio? E qual será o destino deles? De início, é importante dizer que, apesar de a empresa responsável pelo navio ser a Hyundai Glovis (braço de logística do conglomerado sul-coreano), um porta-voz da companhia afirmou que a carga não inclui carros da marca - e, sim, automóveis da Kia e de outras montadoras globais.
FONTE: UOL