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“Se colocar para votar, o Brasil vai parar” este foi o tom do debate que as centrais sindicais — CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e CSP-Conlutas UGT — conduziram, nesta quarta-feira (29), em Brasília, durante reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre a possibilidade de votação da proposta de reforma da Previdência, que pode acabar com a aposentadoria de milhões de brasileiros.

 

“Essa é uma proposta nefasta e que acaba com o maior programa de distribuição de renda do país”, afirmaram as centrais em nota, ao criticar campanha milionária do governo para iludir o povo brasileiro sobre mais esse ataque.

Maia, porém, tem defendido que o texto seja, sim, colocado em votação ainda neste ano, desde que o governo tenha os votos necessários para aprovar a reforma. Ele se comprometeu a responder a demanda das centrais nesta quinta-feira (30).

Está convocada para a próxima terça-feira (5) uma greve nacional em defesa da Previdência e dos direitos, organizada pelas centrais sindicais, que prometem parar o País.

Nova proposta
A proposta foi enviada ao Congresso em dezembro do ano passado e chegou a ser aprovada na comissão especial em maio, mas, desde então, não avançou por falta de consenso e votos.

Diante disso, o governo articulou com o relator, Arthur Maia (PPS-BA), uma versão enxuta da proposta. O objetivo é aprovar a reforma ainda neste ano, mas, mesmo com as mudanças, líderes preveem dificuldade para a aprovação.

Estratégias do governo
O presidente Michel Temer (PMDB) convocou para o próximo domingo (3) reunião com ministros, líderes de partidos da base e presidentes de legendas aliadas para definir as estratégias para aprovar a reforma ainda neste ano.

A intenção do governo era tentar votar o primeiro turno da reforma entre os dias 5 e 6 de dezembro, mas o calendário é considerado apertado diante da realidade atual da contagem de votos.

Diante disso, a equipe de Temer já trabalha com a possibilidade de a votação em primeiro turno ficar para 13 de dezembro e a votação em segundo turno, para o dia 20.

Na avaliação de governistas, o governo corre o risco de não conseguir votar a reforma da Previdência ainda neste ano.

FONTE:DIAP