Resultado de imagem para QUALIDADE DOS NOVOS EMPREGOS
Animadora a pesquisa divulgada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas –, no último dia 28, que nos dá conta de que a taxa de desemprego cedeu para 13% no segundo trimestre deste ano. Apesar de discreta, uma queda de 0,7% ante o trimestre anterior é um alento para a nossa economia, que sofreu por meses a fio uma sequência de quedas vertiginosas no número de postos formais de trabalho.
E por que discreta? Porque a taxa de desemprego, apesar dos sinais de recuperação, estava, há pouquíssimo tempo, na casa dos 14 milhões de desempregados, e, principalmente, pelo fato de o crescimento do emprego ter ocorrido para o lado da informalidade – mais pessoas trabalhando por conta própria, sem carteira assinada, sem quaisquer garantias trabalhistas, instáveis e sem direito ao seguro-desemprego em caso de demissão, e ganhando menos do que recebem os trabalhadores formais. Ou seja: o desemprego parou de piorar, mas o quadro que vivenciamos ainda é bastante caótico, além de muitos dos novos empregos não serem, nem de longe, aquilo que podemos classificar como ideais!
E enquanto isto os juros, apesar de também estarem recuando, continuam nas alturas. Os investimentos no setor produtivo não ressurgiram. A produção e o consumo continuam em baixa. E a maioria dos desempregados, cerca de 70% do total, é constituída por jovens, que ainda não têm plenamente construídas suas habilidades profissionais e prática.
E, é claro, por trás do negro cenário de desemprego, naturalmente expressivo para escancarar toda a angústia da classe trabalhadora ante a crise econômica que nosso País vivencia, há a revelação do quanto a falta de trabalho e a ausência de renda para as despesas mais básicas afetam e penalizam a parcela mais pobre da população, justamente aquela onde se enquadram os trabalhadores.  
O desemprego é o mal que precisa ser debelado. A economia não pode mais esperar. O País não pode mais esperar e os trabalhadores, os mais penalizados, não suportam mais esperar!
João Carlos Gonçalves – Juruna
Secretário-geral da Força Sindical e vice-presidente dos Metalúrgicos de São Paulo

Fonte: Força Sindical