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Na tarde desta segunda-feira, 29, representantes das centrais sindical se reuniram na sede da CTB, em São Paulo, para fazer uma avaliação da Marcha da Classe Trabalhadora realizada em Brasília no dia 24 de maio.

 
O protesto concentrou mais de 100 mil trabalhadores de todo o Brasil, nesta que foi considera a maior marcha de protesto já vista contra as propostas de reformas da Previdência e trabalhista elaboradas pelo governo. “Uma manifestação pacífica e organizada e suficientemente forte para atrair a atenção da mídia brasileira e grande parte da atenção internacional”, afirma o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna).
Juruna destacou que as Centrais devem continuar com as mobilizações. "Devemos convidar os demais segmentos da sociedade a se manifestar. Caso o governo insista em manter as reformas no Congresso, vamos apontar uma data para a greve geral", afirma.
Durante o encontro, os sindicalistas discutiram ainda quais as próximas ações do movimento sindical, assim como as discussões no Congresso Nacional, com deputados e senadores referente as propostas de reforma.
A reunião contou com a presença de diversas lideranças sindicais e representando a Força Sindical estavam, além do secretário-geral da Central, o vice-presidente, Miguel Torres e o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi e região, Jorge Carlos de Morais (Arakem).
Nota conjunta
 
As lideranças sindicais redigiram uma nota conjunta condenando com veemência a chacina que vitimou 10 trabalhadores rurais sem-terra mortos, no dia 24 de maio, pelas Polícias Militar e Civil do Pará, na fazenda Santa Lúcia, localizada no município de Pau D’ Arco, na região Sul do Pará. "O assassinato dos sem-terra reflete o acirramento da violência no campo protagonizada pela ação das polícias", diz o texto.
O sindicalistas exigem o afastamento imediato dos policiais envolvidos na chacina e a apuração e punição dos responsáveis pelas mortes dos nove trabalhadores, de uma trabalhadora e dezenas de feridos. "Para as Centrais Sindicais e trabalhadores, a solução dos conflitos está ligada à reforma agrária, a democratização do acesso e uso da terra, o fim da grilagem e punição severa aos culpados pelos crimes cometidos", finalizam.
A seguir a íntegra do texto:
 
São Paulo, 29 de maio de 2017
NOTA DAS CENTRAIS SOBRE MORTES NO CAMPO
As Centrais Sindicais condenam com veemência a chacina que vitimou 10 trabalhadores rurais sem-terra mortos, no dia 24 de maio, pelas Polícias Militar e Civil do Pará, na fazenda Santa Lúcia, localizada no município de Pau D’ Arco, na região Sul do Pará.
As Centrais Sindicais se solidarizam com os familiares dos mortos e feridos. O assassinato dos sem-terra reflete o acirramento da violência no campo protagonizada pela ação das polícias comandadas pelo governador do Pará, Simão Jatene (PSDB). Atuam também na área civis armados que agem a mando de grileiros nas disputas pela posse e uso da terra, eliminando fisicamente as lideranças rurais
Diante do recrudescimento da luta no campo, as Centrais Sindicais exigem o afastamento imediato dos policiais envolvidos na chacina e a apuração e punição dos responsáveis pelas mortes dos nove trabalhadores, de uma trabalhadora e dezenas de feridos.
O governo Michel Temer tem motivado ações violentas do latifúndio e da grilagem com o consequente assassinato de trabalhadores rurais. Depois da chacina dos 10 sem-terra no município de Pau D’ Arco e dos nove trabalhadores rurais do assentamento no município de Colniza (MT), onúmero de assassinatos no campo, nos primeiros cinco meses deste ano, aumentou para 36. O número corresponde a mais da metade das 61 mortes registradas em 2016, segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Para as Centrais Sindicais e trabalhadores, a solução dos conflitos está ligada à reforma agrária, a democratização do acesso e uso da terra, o fim da grilagem e punição severa aos culpados pelos crimes cometidos.
Paulo Pereira da Silva (Paulinho)
Presidente da Força Sindical
Vagner Freitas
Presidente da CUT
Ricardo Patah
Presidente da UGT
Adilson Araújo
Presidente da CTB
José Calixto Ramos
Presidente da Nova Central
Antonio Neto
Presidente da CSB
Fonte: AssCom Força Sindical