Acompanhado por presidentes das principais centrais sindicais brasileiras, confederações e federações de trabalhadores, Araújo ressaltou a importância de haver adequada estruturação dos sindicatos para os desafios dos novos tempos.
“Temos sindicatos que já estão estruturados para os novos desafios do século XXI, que fizeram as adaptações necessárias para enfrentá-los. O Sindmar, com a estrutura e a atuação que oferece aos seus representados, é um deles”, afirmou, ao citar o Centro de Simulação Aquaviária (CSA) – inaugurado em 2006 pelo Sindmar para qualificar os profissionais da marinha mercante e garantir empregabilidade em boas condições laborais ante o surgimento de embarcações cada vez mais modernas no setor. Adilson Araújo ainda propôs ao presidente Lula uma visita para conhecer essa realidade.
Para o presidente do Sindmar e da Conttmaf, Carlos Müller, o reconhecimento se deve a uma atuação forte e determinada da representação sindical marítima na busca por avanços para os trabalhadores marítimos e para o setor aquaviário como um todo, que só foi possível a partir da unificação dos sindicatos que formaram o Sindmar.
“Hoje, o Brasil é o segundo país no mundo em número de operadores de posicionamento dinâmico certificados em padrão de excelência, perdendo apenas para os Estados Unidos. No Hemisfério Sul, é o primeiro. A estrutura viabilizada pela atuação sindical contribuiu com a formação e a qualificação de mais de dois mil oficiais operadores de DP que são peças-chave do protagonismo brasileiro no desenvolvimento, exploração e logística do petróleo nacional, especialmente do pré-sal”, ressaltou.
A reunião de lideranças sindicais com Lula foi realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Distrito Federal, local onde se encontra instalada a equipe de transição de governo.
Dos sindicalistas, o presidente eleito ouviu reivindicações necessárias para reescrever a história do movimento sindical brasileiro e para fortalecer a estrutura dos sindicatos e dos trabalhadores – atacada desde 2017, com a reforma trabalhista, e intensificada nos últimos quatro anos.
“Um governo democrático popular pressupõe melhorar as condições de vida da classe trabalhadora e do povo. Repetir que o movimento sindical não quer a garantia da sustentação material das entidades sindicais é repetir a cantilena do mercado e dos empresários que trabalham para quebrar, literalmente, a espinha dorsal do movimento sindical brasileiro”, avaliou Adilson Araújo.
Outros temas de interesse dos trabalhadores foram levantados pelos dirigentes sindicais, como a garantia de aumento real do salário mínimo e a regulamentação do trabalho feito por meio de aplicativos.
Aos sindicalistas, Lula reconheceu a importância da participação da classe trabalhadora para a sua eleição e se comprometeu a recriar uma mesa de negociações, de trabalho e conselhos, além de atuar junto ao Congresso Nacional para a aprovação de artigo na legislação sobre o financiamento dos sindicatos, sem retorno do imposto sindical.
“Vamos construir um Brasil com mais direitos e dignidade para trabalhadores, gerar empregos e estimular novos mercados. E vamos fazer isso ouvindo todos”, afirmou Lula.
Além da CTB e suas entidades filiadas Fitmetal, Fenccovib e Sindmar, estiveram presentes à reunião representantes das demais centrais sindicais brasileiras, confederações e federações.
FONTES: SINDMAR/CTB