As trabalhadoras e os trabalhadores do Brasil foram representados pelo diretor-adjunto de Relações Internacionais da CTB, Carlos Müller, que também é presidente do Sindmar
Representantes dos trabalhadores, empresas e governos de 181 países fizeram um acordo global durante a 109ª Conferência Internacional do Trabalho para recuperação econômica e social frente à pandemia do novo coronavírus.
Denominado “Chamada à Ação”, o pacote de medidas a serem implementadas deverá priorizar a criação de postos de trabalho para minimizar as desigualdades causadas pela crise sanitária.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho – OIT, o apelo global à ação para uma recuperação centrada no ser humano propõe uma agenda abrangente.
Segundo a entidade, o acordo compromete os países a garantirem uma recuperação “totalmente inclusiva, sustentável e resiliente” e inclui dois conjuntos de ações.
O primeiro ficará por conta dos governos, empregadores e sindicatos laborais, visando à recuperação da economia, com empresas sustentáveis, empregos e proteção ao trabalhador.
O outro será realizado por meio de uma cooperação internacional de instituições multilaterais, como a OIT, cujo objetivo é reforçar o apoio às estratégias nacionais de recuperação.
A 109ª Conferência Internacional do Trabalho teve início em 20 de maio, com debates realizados de forma virtual em função da crise sanitária.
Por vídeo-chamada, líderes mundiais como o papa Francisco, o presidente sul-coreano Moon Jae-in, o primeiro-ministro português António Costa e o presidente dos EUA, Joe Biden, enviaram mensagens de apoio às ações da Conferência.
A representação brasileira
As trabalhadoras e os trabalhadores do Brasil foram representados pelo diretor-adjunto de Relações Internacionais da CTB, Carlos Müller.
Em seu discurso, o dirigente sindical criticou o descaso do governo brasileiro na gestão de ações para conter o avanço da Covid-19 no País e as consequências negativas para as classes mais vulneráveis.
“O diálogo social não ocorre no Brasil. Ao contrário, em meio à pandemia, sem consulta aos sindicatos laborais, o governo publicou medidas provisórias permitindo reduzir salários e jornadas, bem como, suspender contratos de trabalho sem negociação coletiva, por meio de acordos individuais”, declarou Müller, que também é presidente do Sindmar.