FeMPINRA convocou esforços conjuntos com sindicatos no Brasil. Foram avaliados os diversos cenários portuários, marítimos e fluviais entre Brasil e Argentina, que afetam a situação trabalhista dos sindicatos e seus trabalhadores
A Federação da Indústria Marítima, Portuária e Naval da República Argentina (FeMPINRA), liderada por Juan Carlos Schmid, reuniu-se na quinta-feira, 25 de agosto, em sua sede no Combate de los Pozos 235, CABA, com membros brasileiros da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Transporte Aquático e Aéreo, da Pesca e dos Portos (CONTTMAF) e da Federação Nacional dos Trabalhadores da Navegação e Transportes Afins (FNTTAA) para avaliar os diversos cenários portuários, marítimos e fluviais entre o Brasil e nosso país, que naturalmente afetam a situação trabalhista dos sindicatos e seus trabalhadores.
“A troca de informações será útil para implementar estratégias no caso de mudança de governo, impacto da inovação tecnológica, crise ambiental, bem como na formação de trabalhadores”, disse Schmid.
Então, por sua vez, os camaradas do Brasil afirmaram que o governo Bolsonaro desmantelou a legislação trabalhista, o que enfraqueceu seriamente os sindicatos. E acrescentaram que, atualmente, a ameaça vem da estratégia monopolista de armadores, empresas de navegação e operadores portuários transnacionais cujo objetivo é concentrar a logística, violando a soberania de ambos os países.
Na mesma linha, ambas as entidades sublinharam que "o objectivo comum é estimular o desenvolvimento profissional, económico, social, cultural e de segurança dos trabalhadores dos sectores em que actuam as suas entidades sindicais representadas nos respectivos países" e acrescentaram "temos interesse mútuo em unir esforços para estabelecer linhas de ação que favoreçam a preservação e o desenvolvimento da Marinha Mercante Nacional nos respectivos países”.
Além disso, sustentaram que seu princípio fundamental é promover o emprego de trabalhadores locais em condições eqüitativas nas atividades marítimas, cabotagem, navegação interior, pesca e nos portos dos respectivos países; coordenar a troca de informações para um melhor desempenho das entidades filiadas, promover a participação democrática e a unidade sindical nas atividades de interesse comum, buscando maior benefício mútuo; e divulgar as oportunidades identificadas às entidades filiadas para o desenvolvimento das relações sindicais, incorporação de novas tecnologias e mudanças na legislação internacional ou no âmbito do Mercosul.